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01 JULY
2014

Som automotivo é crime?

Falta de habilidade das autoridades para lidar com usuários de som automotivo prejudicam a economia e não resolvem o problema

No último ano, tem sido cada vez mais frequente a publicação de reportagens sobre som automotivo. Quase a totalidade destas matérias, colocam o tema ‘som instalado’ associado ao problema de ordem pública e, por maus usuários, toda uma cadeia de competidores, fabricantes e apaixonados por som tem sido injustamente condenados, quando não tendo seus equipamentos retirados compusóriamente por policiais que generalizaram o teor da lei.

Perderam o bom senso
A crise que se instaura quando um usuário extrapola o limite de som permito por lei é o mesmo que a policia ou Camara dos Vereadores de uma cidade tem quando se generaliza sem critérios que um automóvel com um som potente é por si só um crime. Partindo da mesma lógica, seria como dizer que todos que tem uma arma são assassinos em potencial; ou por haver corrupção em determinando local, todos que atuam na mesma esfera são corruptos.De acordo com oArtigo 42 da Lei das Contravenções Penais, federal, poluição sonora, perturbação do sossego é crime. Ponto. No entender da ANAFIMA CBS (Associação Nacional da Indústria da Música – Conselho Brasileiro do Som automotivo), o não cumprimento da Lei deve ser tratado com rigor. Por outro lado, o abuso de autoridade também deve ser tratado com o rigor da lei. Já a falta de bom senso de ambos os lados também deveria, mas não é.

A economia por trás do som automotivo

Seguindo o exemplo de cidades americanas, o Brasil pode e deve aproveitar melhor a economia gerada pelos campeonatos de som automotivo e aproximar as leis e normas de conduta, partindo do principio que ele gera renda, empregos e entretenimento. O Brasil possui mais de 150 empresas fornecedoras de equipamentos, ao menos 5600 lojas e instaladoras. São também mais de 400 campeonatos regionais que movimentam uma economia considerável nas cidades em que são realizados. As prefeituras mais organizadas estão se articulando com os online casino dgfev produtores de eventos relacionados ao som automotivo, visto que com os eventos, há também um aumento da economia local, como em restaurantes, bares e postos de combustíveis. Destinar uma área para estes eventos e aproveitar, ao invés de condenar, é uma saída de geração de economia local inteligente.Todo grande entretenimento deve ser regido por normas. O futebol possui torcidas organizadas, diversas classes sociais e conseguiu-se organizar o princípio da regra e moralidade do evento. Por que não fazer isto com os campeonatos de som automotivo?

E a paz? E o sono?
Creio que todos com o mínimo de bom senso devemos condenar qualquer ato fora da lei. Toda vez que uma nova diversão que altera a ordem pública se aparece deve haver regras para regê-las. O som automotivo na quantidade que temos hoje, o país nunca teve. Devemos aproveitar o lado bom e acertar os pontos sociais ou condenar diretamente sem ponderar nada? É hora de rever as atitudes das autoridades tal qual rever a dos baderneiros. Som automotivo não é crime e pode ser um excelente negócio para as prefeituras que são organizadas, basta pensar sob o ponto de vista de negócios, arrecadação e ordem pública… sem caça às bruxas.

Daniel A Neves é presidente da ANAFIMA CBS (Associação Nacional da Indústria da Música – Conselho Brasileiro do Som automotivo)
www.anafima.com.br

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